
No final do século XX a tecnologia dos computadores somou-se à das redes telemáticas transmitidas via satélite, incorporando signagens oriundas dos videogames em edições de imagem ritmadas taquicoscópicamente.Tais velocidades vertiginosas estimulam subliminarmente reações fisicas, neurofisiológicas nos telespectadores.
Cabe à Biomidiologia estudar os processos virtuais-semiótico-midiáticos da sociedade tecnológica, os efeitos fisiológicos de uma idéia-mensagem-notícia veiculada pela midiosfera, mídia eletrônica (Videosfera-Televisão, Internet, etc.) os quais afetam direta ou indiretamente formas de vida biológica quer seja em sua fisiologia ou comportamento.
Fato documentado: Terça-Feira, 16 de dezembro de 1997, 18 horas e trinta minutos, Japão; começa a transmissão do desenho animado da série “Pokémon”, o episódio intitula-se “Computer Warrior Porigon” ( Den no Usenshi Porigon) e é transmitido em rede por uma cadeia de 37 emissoras. Cerca de vinte minutos após o término do episódio tem início o evento histórico cujas repercussões ecoarão através dos anos seguintes, um evento de tamanha magnitude que pode apenas ser comparado à transmissão radiofônica “Guerra dos Mundos”de Orson Wells em New York, pelo impacto social multitudinário e à "Experiência Subliminar Vicarista" em New Jersey. Já o jornal “Yomiuro Shimbun”de 19 de dezembro de 1997 noticiou outra alarmante conseqüência: pesquisa oficial do sistema educacional japonês nas escolas de todo Japão teria registrado 12.950 estudantes faltando às aulas , cujos pais justificaram alegando doença, descrevendo sintomas semelhantes aos dos internados após terem assistido o desenho animado, o que caracteriza um fenômeno midiático indubitavelmente ligado por uma relação de causa e efeito à televisão, sendo unanimemente diagnosticado pelos psiquiatras japoneses como conseqüência fisiológica da exposição ao sinal televisionado em rede.
Ora, nunca antes houve registro tão bem documentado de tal tipologia de efeito colateral , epifenômeno, relacionado à mídia eletrônica, um exemplo excelente de estudo da BIOMIDIOLOGIA. Não há falta de informação a este respeito, pois o “site” da Internet “Expresso” de 20/12/97 apresenta o artigo “ Boneco gera Epilepsia” que explica ter Pikachu projetado exatamente 54 imagens em 5 segundos. Aplicando-se a fórmula da subliminariedade, o dividendo 54 imagens (quantidade de informação) e o divisor 5 segundos ( tempo de exposição ao sinal) obtém-se o quociente de 10,8 imagens por segundo. Deste quadro foi desenvolvida a Biomidiologia; a Biomidiologia propõe-se a ser um campo de pesquisa recortando os efeitos colaterais diretos ou indiretos da Mídia em formas de vida (Livro : Ecologia e Biomidiomologia, ISBN 85-85795-59.Editora Plêiade, 2002). Em 1994 a “Independent Television Commission” regula os comerciais de TV na Inglaterra, limitando os “Flickers” ou “Pisca-Pisca” (Paka-Paka) ao ritmo máximo de 3 por segundo.
Ora, em dezembro de 1997, Pikachu piscou o quociente taquicoscópico de 10,8 vezes por segundo, excedendo em mais de 3 vezes a margem que os pesquisadores ingleses regulamentaram como máxima, atingindo níveis de reação fisiológica subliminar. Entretanto, sabe-se que as cores são comprimentos de ondas da luz, mensuráveis pela unidade física “nanômetros”, sendo que na ordem que Pikachu piscou, pode-se calcular:
1) Vermelho - 610 a 760 nanômetros, ondas longas, de grande intensidade, tempo fisiológico de percepção = 0,02 de segundo; acelera o batimento cardíaco, eleva a pressão sanguínea, provoca tensão e agressividade.
2) Branco - sobreposição de todos os comprimentos de onda, sobrecarrega o nervo óptico e o córtex visual primário e secundário (na parte posterior do crânio, acima da vértebra Atlas, sob o osso occipital) saturando e cansando em curto intervalo de tempo e provocando ofuscamento e fadiga-stress.
3) Azul - 450 a 500 nanômetros, ondas curtas de intensidade fraca, tempo fisiológico de percepção = 0,06 de segundo; equilibra o ritmo cardíaco, reduz a pressão sistólica, relaxa e acalma.
Ainda em julho, a revista eletrônica Mundi de 24 de julho de 1999 publica artigo meu sobre Pokémon, e a seguir a jornalista Leila Cunha entrevista-me e publica matéria sobre Pokémon também na Internet, no CADÊ em 19 de novembro de 1999, segundo a qual: “Em estudo publicado este ano nos Anais de Neurologia, o dr. Shozo Tobimatsu, do Departamento de Neurologia Clínica da Universidade de Kyushu, em Fukukoa, Japão, confirmou a hipótese levantada por Calazans dois anos antes: os ataques foram provocados em crianças que nunca tinham tido ataques epiléticos”.
A pesquisa citada foi publicada no “Annals of Neurology vol 45 n.6 june 1999” realizada sob patrocínio do Governo Japonês, e prova documentando com EEG (Eletro-Encéfalo-Grama) de 4 pacientes vítimas do evento original que um efeito pisca-pisca luminoso de branco, preto e cinza não obtém efeito fisiológico tão violento quanto o que emprega aquelas cores; neste “paper” foi registrada oficialmente, frente à comunidade científica internacional, mais uma nova doença, batizada pela equipe como “Epilepsia Sensitiva Cromática”, outra contribuição à área da saúde desencadeada por Pokémon.
O “Pânico Pokémon” inaugura uma nova era midiática, trazendo comprovação evidente e irrefutável da possibilidade da eficácia neurofisiológica de signagem subliminar. Com a denominação de “Epilepsia Televisiva” , a epidemia midiática que atinge 12.950 telespectadores, com 728 internações hospitalares (com “Pikachu” piscando taquicoscópicamente 10,8 vezes por segundo as cores Vermelho-Branco-Azul ), faz os efeitos físicos da Biomidiologia uma hipótese mais do que plausível, mensurável até; e websites como o do Doutor Tomabechi trazem a possibilidade experimental da comprovação empírica destes efeitos; ao que soma-se o “paper” de Tobimatsu e equipe, registrando a nova doença “Epilepsia Sensitiva Cromática” comprovando algumas das hipóteses intuitivas que foram ponto de partida desta pesquisa de Biomidiologia.
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